Lido muito mal com a morte!

Lido muito mal com a morte! Fico sempre muito perturbada, sobretudo, nos casos de mortes prematuras e inesperadas. Tenho sempre muita pena dos que ficam! Mais do que dos que vão. Esses, eu julgo que ficarão melhor e que encontram paz. Os que ficam sofrem com a ausência, com o que ficou por fazer, o que ficou por dizer. Sofrem com o vazio. Sofrem com a falta de futuro comum, com o lugar que só aquele  alguém poderia preencher. Há a impossibilidade. Há a falta de complementaridade. Ninguém é substituível!
A morte faz-me, sempre, pensar muito,  relativizar muito e considerar que a vida é muito mais injusta que justa.
Acho, muitas vezes, que vivemos vidas, sobretudo profissionalmente, que são feitas ao contrário e que nos tornam mais desumanos do que seres sensíveis, justos, generosos e sensatos.
Profissionalmente somos mais selvagens do que gente!
Quotidianamente somos muitas vezes mesquinhos. Nalguns casos, sem carácter.
No fim, morremos todos! E só fazemos falta aos que nos amam. Os que amamos e os que nos amam são, na realidade, os únicos que interessam e os únicos com os quais as nossas vidas fazem sentido.
A minha filha mais velha fez, recentemente, 17 anos. Um amigo dela completou a mesma idade poucos dias depois e, de repente, sem mais nem menos, perdeu uma das pessoas mais importantes da sua vida. Nada o fará recuperar esta perda! O que perdemos, não conseguimos preencher! É, como refiro algumas vezes, uma gaveta do coração onde teremos de guardar, apenas, memórias, e tentar encher as restantes gavetas com muitas experiências e emoções boas, para que o vazio daquela não nos cause tanta dor!

Sobre Regina

Acerca de mim? Sei lá! Tenho dias… Dias bons, dias maus! Momentos. As nossas vidas são feitas de momentos… Este espaço? É meu. Sobre mim. É o meu espelho… Disseram-me que o meu sorriso é o Espelho da minha Alma. E eu concordo.
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