Tinha quatro anos quando me disse “Quero ser escuteira”. Hoje tem 16 e há 10 que faz parte da família do Corpo Nacional de Escutas. A mais nova também teve de esperar até fazer os 6 anos para entrar, mas para ela, que cresceu a ver a irmã lá, não lhe passava pela ideia não ser também.
O escutismo é um parceiro, na educação que damos às nossas filhas, que não tem par. Damos grande importância a esta estrutura, conscientes de que a nossa relação de parceria e confiança fará delas duas pessoas com valores e com um conceito de cidadania de que nos orgulhamos e que já vem cimentado com os princípios que lhes vimos transmitindo desde o primeiro dia em que começaram a fazer parte das nossas vidas. Elas crescem de forma saudável e feliz. Melhor que isso, não conheço.
Desde domingo decorre o ACANUC onde participam 1500 crianças e jovens escuteiros.
As minhas filhas partiram para mais uma atividade de enriquecimento e aprendizagem. Deixo-as ir – crescer – com um sorriso nos lábios e certa de que virão mais ricas, de coração cheio.
Ser-se mãe é amor e saudade em simultâneo. É preocupação e entusiasmo. É alegria e ansiedade. É um misto de emoções que nem se explicam. É amar de forma imensurável e incondicional.
Desde domingo que fiquei com a casa em silêncio. Vazia.
E se, por momentos, este silêncio me soube agradavelmente bem, naturalmente a ansiedade por saber se estão felizes e satisfeitas toma conta de mim.
E estão. Felizes, satisfeitas e com saudades nossas. Fico feliz também.
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