O correto e o justo

Há uma anedota, bem conhecida e com graça, sobre o correto e o justo. Efetivamente, às vezes o incorreto parece-nos justo ou o correto injusto. E, ainda assim, entre correto e incorreto, justo ou injusto, a opinião de cada um também conta, e as balanças não são iguais para todos. Uns põem mais peso de um lado e outros do outro! Isto tem que se lhe diga.
O propósito que me leva a falar disto foi o video que correu por aí, das adolescentes que espancaram outra e quem fez o filme e incentivou a pancadaria. Ouvi muitas opiniões, não tenho grandes argumentos técnicos, de conhecimento profundo, que não o meu íntimo: o que pensei e o que senti!
Há quem diga que o que se passou sempre existiu e sempre aconteceu; a diferença é que não era filmado e por conseguinte não se divulgava, logo, não havia provas.
bullying é uma novidade de termo, mas sempre existiu, em todas as gerações. Agora a sociedade está mais desperta para os assuntos, está mais informada e defende mais as causas. Penso eu.
Acho efetivamente importante que estas matérias se discutam, se aprofundem, e se evitem. Que saibamos, os pais e toda a comunidade educativa lidar com isto. E que sensibilizemos os jovens para esta realidade e os ajudemos a encontrar e a identificar o que é o correto e o justo.
Acho importantíssimo, por isso, que sejam divulgados os videos, que sejam tomadas as ações corretas e justas para com estes males da sociedade, que podem ser antigos, mas que vão evoluindo na proporção da modernidade. A sociedade evolui, e com isso, os males, os meios e os interesses. O que importa é que se saiba encontrar formas de lidar com as situações. Estas do bullying, e outras, como a violência doméstica, o abuso sexual, os maus tratos a menores, e tantas mais que são transversais às diversas gerações.
É preciso encontrar o equilíbrio entre o correto e o justo.

Ao ver aquele video não o achei nem correto nem justo.
Não consegui imaginar que reação teria e como me sentiria se visse uma das minhas filhas a agir brutalmente daquela forma ou a ser vítima de uma agressão daquelas.
Não consegui pensar que alguma delas fosse capaz de tal ato, mas imaginei que os pais daquelas adolescentes também não as imaginassem capazes de tal ou sujeitas a tal. Fiquei a pensar sobre o papel que nós pais temos na formação destes jovens e o papel de toda a comunidade educativa.
E pensei também que o argumento que mais ouvi sobre o assunto, de que os jovens gostam de dar nas vistas, que coisas do género sempre aconteceram e não foi por causa disso que esses jovens, vítimas e agressores, hoje são adultos normais e que isso não lhes provocou danos emocionais que os impedissem de ter uma vida normal.
Talvez!
Mas, ignorar o que vimos é esconder a realidade, e não procurar respostas e soluções é irresponsabilidade!

Sobre Regina

Acerca de mim? Sei lá! Tenho dias… Dias bons, dias maus! Momentos. As nossas vidas são feitas de momentos… Este espaço? É meu. Sobre mim. É o meu espelho… Disseram-me que o meu sorriso é o Espelho da minha Alma. E eu concordo.
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Uma resposta a O correto e o justo

  1. bollog diz:

    Parabéns por abordar este tema que está tão em voga. O termo é novo, mas a prática remonta pilhas de anos. Com a ajuda da tecnologia, os vândalos serão desmascarados
    e identificados, mas não sei se serão corrigidos.
    Já é um começo para coibir tais atitudes discriminatórias
    e irracionais, mas confiamos que a lei fará sua parte.
    Grande abraço, José Maria Cavalcanti
    http://www.bollog.com.br

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